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A expressão da diversidade

Apesar de sempre haver existido, as pessoas têm descoberto que, expressando sua individualidade, mostram-se diferentes uns dos outros e diferenças marcantes surgem, recaindo sobre o gênero e a sexualidade. Isso faz com que a expressão da diversidade seja uma importante faceta da sociedade atual.


Diferentemente do passado, hoje as pessoas procuram se conhecer, explorar, trocar experiências e passaram a criticar os rótulos impostos pela “normalidade”. Entender a demanda individual, explorar o seu significado, os sentimentos nutridos a respeito de si e a profundidade que cada consegue perceber é a base de meu trabalho. 

As pessoas que trazem questões relacionadas a gênero não necessariamente relacionam isso exclusivamente à temática “trans”. Falar de gênero e sexualidade também significa falar de separação, carreira, trabalho, filhos...

Deve-se constantemente rever os passos e as escolhas, reavaliar seu sentido, questionar se as mesmas seriam feitas no aqui/agora. A forma como cada pessoa percebe a realidade influencia radicalmente suas escolhas e estas mudam de acordo com o momento vivido por cada um. 

Vem à tona a questão: se nossas escolhas variam sob as influências que sofremos, como garantir que fazemos as melhores escolhas? 

Simples: não há como garantir. 

Sempre escolhemos nossos caminhos baseados em premissas que nos dão segurança, retorno, que respondem a princípios caros e que dizem respeito a cada um. Essas premissas, valores e crenças são reavaliadas e questionadas, o que nos atualiza todo o tempo.

Da mesma forma que as Grandes Guerras, os movimentos estudantis e feministas tiveram seu papel em nossas vidas, fazendo com que o comportamento e as vestimentas mudassem, posso afirmar que o mesmo acontece agora, ao se tratar da questão transgênera. Ser transgênero é oscilar, em maior ou menor grau, entre maneiras “masculinas” ou “ femininas” de se expressar e que, ao acontecerem, são rotuladas. A “cartilha” do masculino reza que o indivíduo deve ser de uma certa forma, com um certo traquejo. Já a do feminino afirma que a mulher deve ser desta ou daquela forma, e qualquer forma de expressão diferente do convencionado recebe rótulos que desautorizam estas formas de expressão.

Este, talvez, seja o cerne da questão: conseguir a expressão individual do que se é, independentemente do gênero e sexualidade.

Comentários

Elisa disse…
É isso Fe Maidel! "...conseguir a expressão individual do que se é, independentemente do gênero e sexualidade..." Nosso destino é Sermos Nós Mesmos cada vez mais... rompendo barreiras - históricas e culturais, sociais e políticas e por fim, as barreiras do ego. Elisa Próspero

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